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Guia do Rio

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“Imagens do Rio” até 30/4 na orla

As praias da Zona Sul antes dos grandes edifícios, a Praça XV vista do antigo Morro do Castelo, a Prainha, na Saúde, antes dos aterros e a Baía de Guanabara observada de diferentes perspectivas: registros como estes podem ser vistos por cariocas e visitantes da cidade em uma galeria aberta ao longo dos 36 quilômetros da orla marítima do Rio, do Leme ao Pontal, até o fim abril.

A exposição IMAGENS DO RIO, uma iniciativa da Prefeitura do Rio, por meio da Riotur, começou no dia 1º de março, em comemoração aos 456 anos da cidade. Inicialmente, a exposição estava prevista até o fim do mês, mas em função das medidas de proteção à vida, para frear a disseminação do coronavírus, as fotos ficarão expostas até o fim de abril.

As 48 fotografias do Rio Antigo estão expostas nos 24 postos de salvamento da orla, desde a praia do Leme até o final da praia do Recreio dos Bandeirantes. As imagens foram selecionadas pelo Instituto Moreira Salles, que gentilmente cedeu as fotografias de seu acervo e presenteou a cidade com registros históricos feitos entre 1870 e 1930 por Marc Ferrez, Augusto Malta e outros fotógrafos.

Na Zona Sul, as imagens mostram pontos de vista do passado através das mesmas perspectivas. Já na Barra e no Recreio, que passaram a ter ocupação urbana a partir da década de 1920, os painéis são, principalmente, de registros históricos da Região Central da cidade e da Baía de Guanabara.

Cada um dos 24 postos de salvamento exibe duas fotografias de aproximadamente 2m x 4m, somando assim 48 imagens, sendo cinco em Copacabana; seis no Arpoador, Ipanema e Leblon; uma em São Conrado; oito na Barra da Tijuca; e quatro no Recreio dos Bandeirantes.

Além das fotografias, os postos contam também com uma placa informativa sobre o projeto e um QR code que leva o visitante para o site do acervo do IMS (leia abaixo o texto do painel).

O projeto IMAGENS DO RIO, sem custo para a Prefeitura do Rio, contou com o apoio da concessionária que administra os postos, a OrlaRio, responsável pela montagem das fotos e confecção de todas as placas informativas.

UM RIO QUE RENASCE, UM RIO QUE RESISTE

O Rio de Janeiro tem sua história marcada por sua relação permanente com a orla, que até o século XIX definia-se pela linha d’água que se estendia do interior da baía de Guanabara, passando por Paquetá, Saúde e Gambôa, a Ilha das Cobras e a Praça XV, a praia de Santa Luzia, a Glória, Catete, Flamengo e Botafogo, chegando à Urca e à fortaleza de São João, na entrada da baia.

A partir dos primeiros anos do século XX, a cidade cresce ao longo da orla oceânica, com a crescente urbanização e desenvolvimento dos bairros de Copacabana, Ipanema, Leblon, São Conrado, Barra e Recreio. Aos poucos os trajetos viários costeiros, inicialmente as únicas vias de acesso a estes bairros, vão se somando a novas vias e entroncamentos que ligam diretamente os demais bairros que simultaneamente crescem e moldam o Rio, na zona norte, na baixada fluminense e na zona oeste.

A orla é um patrimônio de todos os cariocas, assim como são também as imagens históricas aqui reunidas realizadas entre aproximadamente 1875 e 1925, de autoria de importantes nomes da fotografia brasileira, como Marc Ferrez e Augusto Malta, entre outros que registraram a cidade e suas dinâmicas, transformações e conflitos. Memória e cidadania são os instrumentos essenciais para a construção de uma sociedade verdadeiramente capaz de enfrentar seus desafios, desigualdades e contradições, na construção de um futuro de efetivo pertencimento e participação crítica e consciente de todos que aqui vivem, nesta nossa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

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